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24 de novembro de 2011

Quando Menos é Mais

Em Antibes trabalhamos por algum tempo a bordo do Speedy Go. Era um lindo Maxi de regata transformado em iate de luxo, com o interior todo em madeira de pera, tapete branco e o escambau. Chique mesmo. O proprietário era algum político italiano que nunca conheci (ainda bem). Nem é preciso dizer que ralei muito. Um casal de italianos chegou um tempo depois: Cinzia e Piero. Ela fazia os melhores sanduíches desse planeta e de outros. No final, nos ofereceram para acompanhá-los a bordo, destino ao Pacífico, mas recusamos com carinho, o que, no final, foi muito bom - ouvimos dizer que a Cinzia deixou o Piero em alguma ilha remota e fugiu com o Australiano que foi constratado no nosso lugar.
E como se não bastasse, também trabalhei a bordo de outros veleiros. A bordo do Arayan melhorei meus conhecimentos gastronômicos e aprendi a aproveitar a maravilhosa cave cheia de Chablis...
O Arayan também nos levou a uma regata em Saint Tropez onde tive a alegria de velejar pertinho do Eric Tabarly e seu Pen Duick. Ele era um belo homem - sorridente, simples, positivo, um privilégio de se estar ao redor. Um pouco depois (1998) a criatura desaparece no mar.
Aceitar mentalmente o fim é difícil, mas algo que precisamos aprender. Aceito melhor quando penso: é quando menos é mais.

Eric Tabarly a bordo do seu Pen Duick

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