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3 de setembro de 2011

Bioluminescência

Julho de 1987. Foi no "Miss Global", um 40 pés de regata, totalmente nu, equipado com rádio VHS, sextante, e painel solar, que experimentei, pela primeira vez, o que é a vida no mar. Nesse meio, há inúmeras crendices, mas uma grande verdade é: o mar não é ambiente que permite ficar em cima do muro. Ou você ama, ou não. Até porque sacode muito. E lembra a experiência uterina.
A primeira noite no mar foi de vigília. Meu capitão, muito experiente, me orientou quanto à bússola, me entregou o timão e avisou para ficar de olho em qualquer luz que se aproximasse. Era meu primeiro quarto. Atenção redobrada, olho no horizonte, o sol se pondo, eis que avisto uma luz vermelha. Meu coração batia forte. De repente ela foi ficando maior, e rápido. 
 Era a Lua.

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