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3 de setembro de 2011

Foi assim que parti

Minha natureza é extremamente volátil. Quando vivo algo muito injusto ou amoral, isso me insufla. Resultado: a tampa da cabeça quase sai. A pressão desses ares pode, certamente, fazer mal, mas como há dois lados para tudo, isso também me movimenta. E equilibra bastante um outro lado da minha natureza, que é gostar de conforto.
Foi assim que eu parti. Não dava mais aguentar tanta iniquidade no país. Eu tinha certeza que não teria chance de fazer a diferença após me formar (em Biologia). Estava errada  - 20 anos depois revi meus colegas que estão todos muito bem, obrigada, e fazendo a diferença. Mas também havia a iniquidade íntima, familiar. Isso acrescentou à vontade de buscar algo de novo, algo diferente. Mas quem criou a primeira fagulha foi minha irmã.
Um belo dia, lá estava no Alface's, e vem ela me dizer: "Daniela, você vai pra Europa." Caí na pilha e respondi, jocosa: "É? Como?". Daí, ela me disse ter um amigo que queria levar o veleiro pra Europa, e que procurava um tripulante. Na mesma hora, arrumei uma ficha (artigo de colecionador) e fui ao orelhão telefonar para o rapaz. Esse movimento mudou minha vida.


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