Velejamos até chegar à ilha de Saint Lucia, mas, na dúvida sobre a visita ao vulcão Soufriére, nada de desembarque: seguimos em frente até a Martinica para uma noite gourmet em um restaurante finíssimo ao longo do cais - camarões e ostras - tudo pago, é claro, pelo nosso generoso dono do barco.
Na Martinica as baguettes vêm importadas por avião de Paris... é a verdadeira decadence avec ellegance.
Na Martinica as baguettes vêm importadas por avião de Paris... é a verdadeira decadence avec ellegance.
Saímos do jantar, mais para lá do que para cá, e avisto ao longe um cara cambaleante que entra num bote e rema até chegar a outro barco. Apesar de estar escuro e longe, eu corro. Com certeza era o Paul.
Esperei, sem dormir, até o dia seguinte, para pegar o bote do Blue Finn, e remar até o veleiro. Quando perguntei se tinham algum tripulante Neo-Zeolandês, o rapaz disse "Sim," mas "ele está naquele veleirinho lá".
Remei feito uma doida com o coração na boca. Lá estava ele a bordo de um mínimo barco de dois amigos que havíamos conhecido em Recife. A Fabiola me viu e disse: "Mira, es Daniela!"
Paul não acreditou. Nem eu. E nem é preciso fazer um comentário romântico.
Paul não acreditou. Nem eu. E nem é preciso fazer um comentário romântico.
Acabamos ficando os dois na Martinica e embarcando para o sul. Era janeiro de 1989.
Realmente é maravilhoso poder compreender as coisas, mas o desconhecido e o inesperado são enormes forças propulsoras da vida. Entender tudo não faz parte da natureza humana.
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