Pois fomos sendo parados pelos militares venezuelanos até a fronteira do Brasil, que fica no meio de um nada, muito longe de qualquer coisa que possa ser chamado civilizado. Na Amazônia, a natureza é selvagem. Mas a dos homens de lá, é feroz.
Boavista é uma cidade com arquitetura pontuada de vendinhas de compra e venda de ouro, bancos nacionais e internacionais de vidro bem fumê, e casas amplas com milhares de mangas e cajus caídos no chão. De posse das informações básicas, nós enxeridos tentamos extrair castanha da noz do caju, e acabamos sem voz, com as mãos descascando. O óleo que envolve a noz possui urushiol, toxina muito potente. Seu líquido é usado para fins industriais, para produzir inseticidas, resinas, lonas de freios, etc. Ui!
De carona, continuamos rumo ao sul, objetivo Natal ou Recife. Numa das caronas entramos na boléia de um 4 X 4 cheio de cajus, e nossas roupas ganharam a curiosíssima mancha da nódoa, que some na estressafra, e reaparece na época. Também fomos avisados por um indígena para não urinarmos nos rios, por mais rasos que possam ser, pois naqueles em que não há piranhas, é provável entrar em contato com candirus. (Ui! Ui!) (Se você não sabe o que é, veja o link abaixo). Depois de umas 5 horas de boléia por aquelas estradas irregulares, meus órgãos pareciam ter trocado de lugar ao sair do carro. Pernoitamos na pousada mais a ermo em que já estive, mas a abandonamos por não sabermos como lidar com tantas baratas. Uuuuuuuuuuui...
A paisagem mais marcante da Amazônia, vista a nível do solo, não é da mata: é a dos descampados - vastas áreas queimadas, onde o povo cria gado, e onde só restaram, aqui e ali, as castanheiras do Pará, majestosíssimas.
Na fronteira da terra dos Ianomanis, os ônibus com as suspensões mais reforçadas do planeta paravam as 6 da tarde e esperavam até as 6 da manhã. Na estrada que passa pelo território, por conta dos atoleiros, só se vence alguns trechos com a ajuda do trator.
Depois de quilômetros abundantes, chegamos a Manaus, a capital do sorvete de fruta, do peixe de rio e do mosquito. Quem vai a Manaus não pode ser chato. Mas a Amazônia tem mesmo que ser assim: desconcertante. É sua natureza.
Boavista é uma cidade com arquitetura pontuada de vendinhas de compra e venda de ouro, bancos nacionais e internacionais de vidro bem fumê, e casas amplas com milhares de mangas e cajus caídos no chão. De posse das informações básicas, nós enxeridos tentamos extrair castanha da noz do caju, e acabamos sem voz, com as mãos descascando. O óleo que envolve a noz possui urushiol, toxina muito potente. Seu líquido é usado para fins industriais, para produzir inseticidas, resinas, lonas de freios, etc. Ui!
De carona, continuamos rumo ao sul, objetivo Natal ou Recife. Numa das caronas entramos na boléia de um 4 X 4 cheio de cajus, e nossas roupas ganharam a curiosíssima mancha da nódoa, que some na estressafra, e reaparece na época. Também fomos avisados por um indígena para não urinarmos nos rios, por mais rasos que possam ser, pois naqueles em que não há piranhas, é provável entrar em contato com candirus. (Ui! Ui!) (Se você não sabe o que é, veja o link abaixo). Depois de umas 5 horas de boléia por aquelas estradas irregulares, meus órgãos pareciam ter trocado de lugar ao sair do carro. Pernoitamos na pousada mais a ermo em que já estive, mas a abandonamos por não sabermos como lidar com tantas baratas. Uuuuuuuuuuui...
A paisagem mais marcante da Amazônia, vista a nível do solo, não é da mata: é a dos descampados - vastas áreas queimadas, onde o povo cria gado, e onde só restaram, aqui e ali, as castanheiras do Pará, majestosíssimas.
Na fronteira da terra dos Ianomanis, os ônibus com as suspensões mais reforçadas do planeta paravam as 6 da tarde e esperavam até as 6 da manhã. Na estrada que passa pelo território, por conta dos atoleiros, só se vence alguns trechos com a ajuda do trator.
Depois de quilômetros abundantes, chegamos a Manaus, a capital do sorvete de fruta, do peixe de rio e do mosquito. Quem vai a Manaus não pode ser chato. Mas a Amazônia tem mesmo que ser assim: desconcertante. É sua natureza.
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